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sábado, 18 de agosto de 2007

O destino certo

Caminho, destino, vida, Deus, fé - www.samuelbonette.blogspot.com.br
Ontem eu estava indo para a faculdade, e, como a maioria dos ônibus vai para o Centro, eu, distraidamente, peguei o primeiro que passou, sem observar se de fato ele ia mesmo até o Centro. Depois de um certo tempo somente que eu me lembrei que não havia observado o detalhe do destino do ônibus, e me vi numa dúvida cruel. Decidi por esperar para ver o que acontecia; se o ônibus desviasse da rota eu desceria do mesmo e pegaria outro ônibus. Para a minha sorte, o ônibus foi para o Centro.

Mais tarde, ao analisar o acontecido, deparei-me com uma síntese do que acontece muitas vezes em nossas vidas, e mais, como a vida de algumas pessoas é como a situação descrita acima. Quantas vezes nós começamos a fazer algo sem saber exatamente porque? Ou então, quantas vezes compramos idéias sem pensar seriamente sobre o impacto que elas terão nas nossas vidas? 

Não raras vezes nos vemos em situações nas quais não gostaríamos de estar. Não obstante, por pura inércia, nos mantemos em situações incômodas e que nos causam dúvidas por medo de mudarmos e experimentarmos coisas novas. Esperamos que aconteça algo bem ruim, ou que nos cause profundo desgosto porque é mais conveniente ficarmos onde estamos, sem fazer nenhum esforço, sem sermos desafiados.

Mudar sempre causou medo no ser humano. Mesmo que alguém nos prove, por A + B que tal ato é errado, ou que tal caminho nos levará a um lugar ruim, ou a uma desgraça, permanecemos com as mesmas atitudes porque a mudança nos causa medo. Preferimos continuar no caminho errado a mudar, porque a mudança significa uma "perda de controle". No entanto, quando conseguimos romper o medo de mudar, quando conseguimos "ver o invisível", notavelmente temos um progresso. Ao mudarmos, quebramos paradigmas e conhecemos novas realidades. Vimos que não é tão ruim assim uma mudança; pode ser algo extremamente positivo e um aprendizado profundo para a nossa vida.

Quando rompemos com nossas práticas, temos de reconhecer que não está em nossas mãos o poder sobre todas as coisas; quebramos o nosso orgulho e reconhecemos que há mais coisas do que imaginávamos, e que muitas coisas não podemos controlar, contrariando a idéia de que somos senhores sobre toda e qualquer situação. Diversas vezes em nossas vidas vemos todo e qualquer controle fugir de nossas mãos, inclusive o controle emocional; tudo aquilo que sabíamos e podíamos fazer ja foi feito, e mesmo assim de nada adiantou. 

Então, temos de entregar o nosso caminho a alguém. Uns entregam ao acaso; outros à incerteza, outros ao primeiro que lhes aparece pela frente. Eu, quando me vi num caminho sobre o qual eu não poderia decidir com propriedade, decidi entregar meu caminho a dois caras que sabem de todas as coisas, Pai e Filho, que deram o Seu Filho e a Sua Vida, respectivamente, por mim: Deus e Jesus Cristo. Entreguem suas vidas a Eles, e seguramente vocês vão se dar bem; mais: como eu cheguei com o ônibus, vocês chegarão ao destino certo.

Samuel Bonette

domingo, 5 de agosto de 2007

Auto Imagem

Autoimagem, Simpson, South Park, Vida, Conduta - www.samuelbonette.blogspot.com
Descobri recentemente dois sites nos quais dá para fazer desenhos utilizando-se de traços pré-definidos, desenhados por desenhistas de desenhos muito famosos, o The Simpsons e South Park. Então dá para se fazer desenhos de si mesmo, com as opções disponíveis. Ali se pode externalizar a imagem que temos de nós mesmos, ainda que somente a imagem física. 

Porém, nós nos vemos de uma forma, e pensamos que todos nos vêem assim como nos vemos; no entanto, frequentemente as pessoas nos vêem de uma forma completamente diferente. E se assim é fisicamente, muito mais emocionalmente; e isso é um dilema, pois, afinal de contas: somos como nos vemos, ou somos como nos vêem?

A nossa tendência é pensarmos a respeito de nós mesmos como pessoas muito boas, com muitos atributos invejáveis, que só desejamos o bem a todos; e é claro, com alguns pequenos defeitos que não fazem mal a ninguém, afinal, como todos nós temos defeitos, devemos tolerar os defeitos dos outros. Ledo engano; afinal de contas, se fôssemos todos tão bondosos como imaginamos ser, porque haveria no mundo tantas pessoas magoadas com atitudes de outras? Porque haveria tantas intrigas e maldades sendo cometidas mundo afora? Porque há tanto desperdício de comida e tanta gente passando fome? 

Se somos, como gostamos de pensar, "98% do tempo bondosos e somente 2% do tempo maldosos", porque há tantos problemas no mundo originados pelo ser humano? Há, sem dúvida, uma disparidade entre aquilo que somos realmente e aquilo que pensamos ser. Talvez os nossos "2% de maldade" sejam mais fortes e mais marcantes que os "98% de bondade"; em se comprovando isso, implicaria num outro problema ainda maior, que seria descobrir o motivo de sermos assim, mas isso não cabe a mim, pelo menos não nesse momento, avaliar.

Por outro lado, não somos também monstros horríveis que algumas pessoas querem que sejamos. Não raramente converso com pessoas que, após algum tempo, revelam que tinham uma ideia bem diferente sobre mim. Isso se dá porque nunca esperamos ter um convívio real com uma pessoa; antes disso, já a julgamos pela aparência da mesma. Como fala, como se veste, enfim, tudo aquilo que é externa a ela. Não desprezo essas coisas, porque são alguns sinais que mostram como a pessoa é por dentro, porém, isso não é tudo! Muito pelo contrário, é apenas a ponta de um grande iceberg; o principal de uma pessoa é o que está dentro dela; se não fosse assim, o coração, a mente, os rins e tudo o mais estariam pendurados em nós; mas não; eles estão por dentro, o que é um indicativo sobre onde está o que é mais importante.


- Então, sr. Samuel Bonette, se o que somos de fato não é aquilo que as pessoas pensam sobre nós, não é aquilo que pensamos sobre nós mesmos, o que somos então?


E vou eu lá saber? Querem que eu explique algo que assombra a humanidade há séculos? O que eu tenho são algumas idéias, algumas pistas de por onde talvez seja o caminho. O primeiro passo: não se precipitar. O segundo: tentar compreender os motivos do outro. O terceiro: sabermos que nunca saberemos a real intenção do outro; nem tudo o que ele vai nos dizer é totalmente verdadeiro. E, ainda assim, no fim das contas, não cabe mesmo a nós julgarmos uns aos outros, pois nunca faremos um julgamento 100% correto. Logo, estaremos cometendo injustiças, o que geraria uma nova onda de julgamentos, num ciclo vicioso. 


O melhor, portanto, é o amor; "Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal,  preferindo-vos em honra uns aos outros". Romanos 12:10.

Samuel Bonette