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segunda-feira, 25 de junho de 2012

As coisas como são e como deveriam ser

As coisas como são e como deveriam ser - www.samuelbonette.blogspot.com
Existe uma diferença entre ilegal e imoral. Uma importante diferença, pois o ilegal é aquilo que age contra a legislação positivada, ao passo que o imoral é aquilo que obsta ao conjunto de normas e regras definidas socialmente como corretas. As vezes as opções da vida não são sobre coisas ilegais ou legais, mas sim sobre coisas morais ou imorais. Lembro que ao longo do meu curso de Administração, por algumas vezes, os professores nos incitaram a responder algumas perguntas que, se não eram capciosas, eram no mínimo desafiadoras, pois lidavam com questões morais.

Em sala de aula, um deles propôs o seguinte desafio: se, numa situação qualquer, sabendo que, ao condenarmos o culpado por um crime, automaticamente outra pessoa totalmente inocente seria obrigada a cumprir pena por aquele crime, optaríamos por condenar a pessoa culpada em detrimento da inocente ou por livrar ambas, para que a inocente não fosse injustiçada? A maioria optou pela segunda opção, pois presumiram que a culpada tornaria a cometer crimes e seria apanhada, resultando assim em posterior condenação, ao passo que a inocente seguiria sua vida normalmente.

Outra feita, após uma série de argumentos de um professor, inquiri o mesmo sobre o que considerava como sendo essência do homem: bondade ou maldade, uma vez que, partindo deste pressuposto, podemos melhor entender os julgamentos de alguém. Após uma resposta evasiva, tornei a carga forçando um posicionamento do mesmo. Respondeu então que considerava o homem como uma pizza: inicialmente era só a massa, e ao longo do tempo ia colocando-se os temperos (maldades ou bondades), efetivando-se assim o resultado final.

Entretanto, o mais marcante para mim foi uma série de questões (cinco, se não me engano) cujas opções de resposta dadas eram, notadamente (pelo menos para mim), divididas em opção moralmente correta, opção moralmente incorreta e opção “em cima do muro”. Descontada a conhecida irreverência deste professor, ao final da proposição das questões, aduziu que: aqueles que optaram, em maior número, pelas opções “em cima do muro”, poderiam, com alguma sorte, de dar bem na vida; os que optaram pelas opções moralmente incorretas entendiam como a vida funcionava e tinham grandessíssimas chances de obterem sucesso na vida, com uma chance de eventual percalço; já os que optaram pelas opções moralmente corretas eram loucos e viviam num mundo paralelo.

Recordo que pedi a palavra e, antes de mais nada, esclareci que eu era um dos loucos que vivia num mundo paralelo, isto porque a minhas opções tinham sido em maioria absoluta pelas respostas moralmente corretas. Então discorri que a vida se divide entre como as coisas são, e como deveriam ser. Como as coisas são é o caminho mais fácil e muitos andam por ele, mas como as coisas  deveriam ser é o caminho mais belo e recompensador a longo prazo, devendo ser sempre o caminho a ser escolhido.

 Somos seres feitos a imagem e semelhança de Deus, a bondade e demais virtudes devem ser buscadas e realizadas, e destes anseios derivam os padrões morais que levam o ser humano adiante. Ao optarmos pelos caminhos moralmente corretos, satisfazemos nossa vontade do correto e fazemos também a vontade de Deus.

Samuel Bonette

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