A melhor reflexão é aquela feita por
si próprio a respeito de si mesmo, ou seja, você pensando sobre sua vida. E
porque é a melhor? Por que é a que efetivamente modifica você e sua vida. Claro
que há muitos gatilhos para ativar esta reflexão e a maioria deles são externos,
mas só você pode mudar seu mindset,
em última análise.
E, sendo eu uma pessoa muito ligada
ao aqui e agora, ao tangível, com baixa tendência à abstração, no dia a dia,
hoje fiquei a refletir, como prometido, sobre a Páscoa.
Em um primeiro momento, em meio a
outras tarefas do dia, me peguei a pensar: o que esta história, acontecida com
uma pessoa que não conheci pessoalmente, há mais de dois mil anos atrás e há
tantos quilômetros de distância daqui tem a ver comigo?
Em um segundo momento, o pensamento
foi: como/porque esta história, acontecida com uma “pessoa comum”, em um lugar
irrelevante na época, alcançou tamanha proporção a ponto de moldar a história
de tantas pessoas e países por mais de dois milênios?
A minha resposta é: porque tem
verdade nesta história. Tem profundidade e é empática. Dá sentido à vida, a
ponto de provocar reflexões e profundas mudanças de comportamentos e hábitos.
Faz com que pessoas ajam contra o que lhes seria seu comportamento natural, por
conta de uma escolha moral e racional.
Relendo a história, posso perceber
um homem que amou profundamente seus amigos, a ponto de lhes salvar a vida.
Posso perceber também um Deus amando profundamente a sua criação, a ponto de
sacrificar seu filho para redimir o melhor dela – o homem. Me ocorre a frase:
vão-se os anéis, ficam os dedos.
E quem somos nós, objetos de tanto
amor, apreço, sacrifício e esforço? Não mais do que um vento passageiro, um
vapor que logo se dissipa, um ser que, acometido de algum pequeno ferimento ou
doença, logo perde sua vida.
Por que nós? Por que eu? Por que você?
E, na visão de Deus, por que não?
As perguntas são gerais; as
respostas, individuais.
Boa reflexão.
Samuel Bonette
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