Basicamente, em uma economia, as
pessoas trocam coisas; antigamente havia o escambo e depois veio o dinheiro,
que facilitou as coisas, mas não mudou o princípio.
Assim, ao invés de as pessoas tentarem
fazer de tudo um pouco, para sua subsistência, elas trocam a sua força de
trabalho por um salário e, com este salário, compram coisas: um carro que
alguém fabricou, alimentos que alguém plantou e cuidou, roupas que alguém
confeccionou e assim por diante.
A troca seria bastante simples - entre
o produtor e o consumidor - se não fosse um terceiro ente, que ambos convidam
para sentar à mesa: o Estado.
Ele cobra um percentual de todas as
negociações que acontecem na vida de todos e oferece, em troca, alguns serviços
que também não poderíamos prover sozinhos, a exemplo de todos os outros
produtos e serviços que consumimos.
A grande questão é: quais serviços que
queremos "consumir" e quais não queremos?
Atualmente não temos esta escolha,
então pagamos impostos de tudo quanto é coisa, do que queremos e do que não
queremos, sem opção de escolha.
Qual a solução? Dizer para o Estado
quais os serviços que queremos e quanto que queremos pagar por eles.
Se você defende que o Estado invista
em cultura, por exemplo, ele vai cobrar um percentual de todos, em todas as
negociações, para fazer isto.
O problema é que este percentual nunca
é investido de fato, ele sempre se perde na burocracia do Estado. Se ele arrecada
1 bilhão, investe apenas 1 milhão. Se você insistir para que ele invista 1
bilhão, ele vai dar um jeito de arrecadar 10 bilhões e investir o 1 bilhão, ao
invés de diminuir sua burocracia.
Então, todos vamos pagar por este
enorme contingente de dinheiro que vai pelo ralo.
Amanhã continuo.
Samuel Bonette
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