Hoje eu estava refletindo sobre o quanto os avanços
que a humanidade tem feito melhoram ou pioram nossa qualidade de vida.
O exemplo é bem simples, singelo e eficiente: a
própria vida humana.
Hoje temos uma condição de vida invejável e bastante
“fácil”.
Os nossos antepassados tinham vida muito sofrida: a
própria gravidez trazia consigo alto risco de morte, dadas as condições de
saúde e higiene; depois de nascidos, as pessoas sofriam muito durante todas as
fases da sua vida, muitos tinham uma vida realmente desgraçada e a expectativa
de vida, que foi aumentando ao longo do tempo, era de 30 a 40 anos.
Com o passar dos séculos, a ciência (biologia,
química, medicina, física, matemática, engenharia, etc.) evoluíram e melhoraram
tanto as condições físicas do organismo humano quanto as condições de vida como
um todo, criando automatizações e facilidades nunca antes vistas.
Isto tudo aumentou a média de vida do ser humano
mas, ao mesmo tempo, curiosamente, tirou valor da vida humana.
O número de assassinatos é cada vez maior, seja por
guerras ou motivos fúteis.
Hoje temos métodos de impedir a vida humana
acontecer, desde contraceptivos até abortos espontâneos.
Existem pessoas que fazem roleta russa com sua
própria vida e a de outros, das mais variadas formas: drogadição, dirigir alcoolizado,
sexo sem prevenção, esportes radicais (porque não?) e tantos outros.
Realmente, acho que a vida humana ganhou em tempo
mas perdeu em valor. A gente só valoriza o que é raro e oneroso.
Vida fácil degenera.
Samuel Bonette
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