Vai ter textão. Sobre eleição.
O assunto: Bolsonaro
No dia em que a entrevista com este
candidato foi ao ar no Jornal Nacional, nem olhei. Nem a dele nem a dos outros
postulantes ao cargo de presidente. Não o fiz por uma simples razão: não
assisto a Globo.
Logo após o término da entrevista,
começou a “chover” memes e opiniões na minha timeline, tanto a favor quanto
contra. Até o momento, definitivamente, a única entrevista que teve esta
capacidade. As outras não fizeram nem cócegas.
Fui assistir à entrevista somente no
dia posterior, mas antes de fazê-lo, eu já sabia quais seriam as perguntas:
homofobia, mulheres (possivelmente salários menores), economia (falta de
conhecimento ou relacionamento com o Paulo Guedes), recebimento de auxílio
moradia e regime militar. Dito e feito. Choveram no molhado.
Estas mesmas perguntas já haviam sido
feitas em entrevista na Globo News (onde havia maior especialidade dos jornalistas
e maior possibilidade de profundidade nas respostas), no Roda Viva e em
debates, por outros candidatos.
De tanto fazerem as mesmas perguntas,
toscas, diga-se de passagem, ele está acostumado com elas e melhorando a sua
resposta todas vez que é questionado. E foi o que aconteceu: ele se saiu muito
melhor no JN do que em todas as outras entrevistas anteriores.
Ele “venceu” o debate com os
jornalistas. Na entrevista da Globo News, por exemplo, onde ele foi muito mais
perguntado sobre economia, o seu lado realmente fraco, ele ficou desconfortável
e deu a impressão de que, quem deveria estar ali era o Paulo Guedes e não ele.
Já no JN, ele passeou. Estava muito confortável e deu respostas cirúrgicas,
dando invertidas nos jornalistas, como por exemplo, na questão do salário e do
editorial do Roberto Marinho sobre o regime militar.
Amanhã continuo.
Samuel Bonette
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