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sábado, 2 de junho de 2018

Ano XXXI - Dia 69 - 25/05/2018

Ano XXXI - Samuel Bonette - www.samuelbonette.blogspot.com.br
Bem, o primeiro de quem quero falar é Davi.

Em minha percepção, Davi era um cara que sentia.

Ele sentia as coisas. Em sua infância e adolescência, ele era pastor de ovelhas. Ovelhas são animais que não reagem impetuosamente a tudo, elas internalizam muito do que está ao seu redor, e conviver com elas talvez tenha ensinado Davi a sentir e absorver o que estava ao seu redor. Ele também era músico, durante esta fase, e é necessário sensibilidade para tangir um instrumento.

Mesmo assim, durante esta fase, ele já mostrou capacidade de sentir indignação com o que estava errado, ao revoltar-se com as afrontas de Golias. Ele deve ter sentido algum medo, mas a coragem superou em muito o tamanho deste medo.

Ele também amava. Amou muito a suas mulheres, seus amigos, seus filhos. Foi capaz até de cometer crimes por conta de um amor proibido (no tempo que sentiu preguiça de ir à guerra), mas sentiu muito arrependimento e chorou a morte de seu filho, o preço que pagou por este erro.

Davi deve ter sido uma pessoa muito intensa em tudo o que fazia. Em um dos seus últimos atos de vida, sentindo sua morte já próxima, deu instruções curtas, porém profundas e certeiras, a seu filho Salomão sobre como deveria proceder em sua vida, genericamente, e sobre como deveria proceder com algumas pessoas, especificamente.

E assim era Davi, o homem que sentia.


Samuel Bonette

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