Hoje vou falar sobre Saul.
Saul, em minha visão, é uma das figuras mais infelizes da
Bíblia. Não pela sua história, em si, mas pela sua postura, suas decisões e
tudo ele perdeu, pela soma de ambos.
Saul era o mais alto dos israelitas, um dos mais bonitos, de família
rica e influente. Ele foi o primeiro rei de Israel, predecessor de Davi, feito
rei a pedido do próprio povo (Deus queria sempre ter sido o rei de Israel).
Atendendo ao pedido do povo, porém, Deus o escolheu para ser líder do povo e
libertá-los dos seus inimigos.
E no início, de imediato, a sua história foi muito bonita, com
diversos eventos relevantes e que demonstravam sua capacidade e como Deus e o
povo o apoiavam.
Porém, segundo o relato, em um dos primeiros momentos de
profunda dificuldade, em que ele teve de tomar uma decisão, ele agiu
erradamente, fazendo funções que não eram suas, pertenciam à autoridade
espiritual de Israel – a saber, Samuel.
E não foi a única vez em que ele desobedeceu, fazendo o que lhe
parecia bem aos seus olhos e não seguindo as instruções do próprio Deus. Em
dado momento, ele estava tão prepotente que ergueu monumentos em sua própria
honra.
Ao fim de sua trajetória, Deus arrependeu-se de ter posto Saul
como rei. Da repreensão de Samuel a Saul saiu a célebre frase: “É melhor
obedecer a Deus do que oferecer-lhe em sacrifício as melhores ovelhas” (NTLH)
ou “Obedecer é melhor do que o sacrificar” (ARA).
A triste imagem do seu deprimente fim é retratado nos seguintes
versos:
“O Senhor rasgou de você, hoje, o reino de Israel, e o entregou
a alguém que é melhor que você.” – 1 Sm 15:28.
“Nunca mais Samuel viu Saul, até o dia de sua morte, embora se
entristecesse por causa dele porque o Senhor se arrependera de ter estabelecido
Saul como rei de Israel.” – 1 Sm 15:35.
Saul ainda reinou por mais alguns anos, porém sempre
desacompanhando de Deus e à sua própria sorte. Ele nos deixa a lição: não
importa como começa, importa como termina.
Samuel Bonette
Nenhum comentário:
Postar um comentário