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sábado, 16 de junho de 2018

Ano XXXI- Dia 80 - 05/06/2018

Ano XXXI - Samuel Bonette - www.samuelbonette.blogspot.com.br
Hoje quero compartilhar com você, filho(a), o seguinte texto de Jonathan Menezes.

Por essas experiências, (Nouwen) concluiu que “às vezes a maneira de saber onde você é chamado a estar é indo onde sente que deve ir e estar presente naquele lugar. Logo saberá se aquele é o lugar que Deus quer ou não que esteja” (NOUWEN, 2013, p. 102, tradução minha). Vocação não é apenas uma questão de “chamado”, mas também de escolha e do risco de cada decisão. O lugar não é o mais importante; fundamental é manter viva a chama do relacionamento.
Assim, Nouwen finalmente se encontrou, pois compreendeu que a questão da vocação não está ligada principalmente ao lugar em que atuamos, servimos e vivemos, mas com a constante abertura do coração para Deus e o que Ele quer fazer por meio de nós, tornando-nos agentes de sua Missão onde quer que estejamos. Como ele conclui na parte final de Gracias!, soando um tanto como o apóstolo Paulo:
Hoje eu me dei conta de que a questão de onde viver e o que fazer é realmente insignificante se comparada com a questão de como manter os olhos do meu coração focados no Senhor. Posso estar lecionando em Yale, trabalhando na padaria da Abadia de Genesee, ou caminhando por aí com as crianças pobres no Peru e me sentir totalmente inútil, miserável e deprimido em todas essas situações. Estou certo disso porque é o que aconteceu. Não existe tal coisa como o lugar certo ou o emprego certo. Posso estar feliz ou infeliz em todas as situações. Estou certo disso porque tenho estado. Tenho me sentido consternado e jubiloso em situações de abundância tanto quanto de pobreza, em situações de popularidade e anonimato, em situações de sucesso e de fracasso. A diferença nunca foi baseada na situação em si, mas sempre em meu estado de mente e coração. Quando sabia que estava caminhando com o Senhor, sempre me senti feliz e em paz. Quando me vi preso em minhas próprias reclamações e necessidades emocionais, sempre me senti cansado e dividido (NOUWEN, 2005, p. 152).
Com Nouwen aprendo que o mais importante não é tanto a certeza da vontade de Deus sobre onde se deve estar, a segurança da posição que se ocupa numa organização, ou se está ou não “no caminho certo” ou inequívoco da vontade de Deus; mais importante que saber o caminho, é percorrê-lo, enfrentando percalços, colhendo frutos, experimentando sucessos e insucessos, e amadurecendo na fé, de preferência ao lado de Jesus, caminho, verdade e vida. O caminho se revela melhor quando caminhamos.


Samuel Bonette

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