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sábado, 2 de junho de 2018

Ano XXXI - Dia 70 - 26/05/2018

Ano XXXI - Samuel Bonette - www.samuelbonette.blogspot.com.br
Hoje, no segundo dia, vou dar minha visão sobre um episódio específico, relatado em João 4, especialmente do comportamento de uma mulher, a mulher samaritana, e de Jesus, ao interagirem entre si.

É importante salientar que os samaritanos eram judeus “misturados” com outras raças e, por isto, havia uma rivalidade com os judeus, uma tensão sempre presente, ora velada, ora escrachada.

Nos próximos parágrafos, vou escrever como leio as entrelinhas da história.

Quando Jesus pede água à mulher, no verso 7, ela nega e ainda lhe dá uma razão “justa”: você sendo judeu, pedindo água a mim, samaritana? Está louco? Não sabe que somos inimigos?

No verso 11, após receber uma resposta de que ela deveria pedir água a Jesus, vejo a mulher respondendo ainda um pouco brava e de forma mais profunda: você não tem como tirar água, o poço é fundo, quem você acha que é?

Jesus, de forma solene e dando uma resposta ainda insistindo que tem uma água especial (falando do plano espiritual), ouve uma resposta muito irônica, no verso 15. Imagino a mulher falando com uma voz de fingida súplica.

Ao notar que ela ainda não tinha percebido do que Ele falava, Jesus lhe dá um choque de realidade nos versos 16 e 17 e ela tenta lhe propor uma questão de viés teológico, de forma a tirar o foco de si e talvez provocar uma discussão que ponha fim à interação.

Habilidosamente, porém, Jesus torna a colocar as coisas em seus lugares, fugindo da especificidade da pergunta e demonstrando quão maior é a visão de Deus para o mundo, nos versos 21 a 24.

Ao perceber o “tamanho” de quem falava com ela e a sua sabedoria, a conversa toma um rumo sério e interessante de ambos os lados, quando a mulher pergunta e Jesus confirma que Ele próprio é o Messias.

O impacto da conversa foi tal que ela foi impelida a ir até a cidade e contar tudo o que acontecera – e, embora ela fosse uma mulher em quem ninguém acreditaria, dado o seu histórico, ela conseguiu transmitir com tal veracidade que todos na cidade acreditaram o suficiente para ir com ela verificar o que ela relatava.

Impactante.

Samuel Bonette

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