Há algum tempo eu desenvolvi um gosto especial por filmes cujos personagens tenham profundidade. Isto normalmente exclui os blockbusters da minha lista de filmes prediletos, mas há exceções, como, por exemplo, o Velozes e Furiosos, de que falei ontem.
Outro filme que pode ser considerado
blockbuster e eu gosto é “O lado bom da vida”. A história é bem tocante e fala
sobre pessoas que, ao longo da sua vida, tiveram episódios traumatizantes que
lhes tiraram a saúde mental e sobre como o amor pode curá-las.
Soou interessante, né? Então vamos
aprofundar.
Pat Solitano Jr. foi traído por sua
esposa, que tanto amava e, por conta deste episódio, foi internado em uma
clínica para tratamento psiquiátrico. Após sair da clínica, ele intenta reatar
o relacionamento com sua esposa, mas devido a restrições judiciais ele não se
aproximar mais do que 500 metros de distância dela e de sua antiga escola.
Neste cenário surge Tiffany, irmã de
uma amiga em comum entre eles e que promete ajudá-lo a reconquistar sua esposa,
desde que ele participe, como seu parceiro, de um concurso de dança. Ocorre que Tiffany também teve um grande
trauma em sua vida que lhe tirou a saúde mental (seu marido morreu em um
acidente de carro) e é muito atraente.
Para tornar o cenário mais caótico, o
pai de Pat também tem comportamentos disfuncionais, com vício em jogos e
apostas, histórico de violência e comportamentos semelhantes a transtornos
obsessivos compulsivos (TOC).
Temas como velhice dos pais,
aposentadoria, continuidade da vida, relacionamento entre casais, amizade,
tratamento psiquiátrico, ação policial, dança, ciúmes e remédios tarja preta
dão matizes, moldura e profundidade à trama.
No meio de toda esta loucura, Pat luta
para recobrar e manter sua saúde mental e física.
Um baita filme.
Samuel Bonette
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