Eu não gosto de filmes de
super-heróis. Exceto Batman. Mas Batman nem chega a ser um herói, ele está mais
para anti-herói ou, no mínimo, transita entre estes dois.
Já falei aqui sobre o “Batman – O
Cavaleiro das Trevas” em outra oportunidade e hoje torno a falar sobre este
filme que, sempre que reproduzido, invariavelmente eu paro para assistir.
Neste filme, uma das coisas que mais
me chama a atenção (e não só minha, de todo mundo) é a atuação de Heath Ledger
como Coringa.
Enquanto Jack Nicholson fez um Coringa
meio pastelão, uma figura muito mais “trickster”, Ledger trouxe um psicopata
metódico, terrorista e muito bem articulado, embora fizesse de tudo para não
parecê-lo – em sua própria definição, “só um cachorro correndo atrás de carros”.
Claro que, com um vilão deste porte, o
Batman não poderia ser um mocinho ingênuo tentando salvar o mundo. Ele
precisaria ser forte, estrategista, inteligente e com muitos recursos, de todas
as ordens.
Pois o Batman de Christopher Nolan e
Christian Bale foi isto tudo e mais um pouco. Embora neste filme não tenha
enfocado muito em sua sempre presente dor de órfão, o drama de ter perdido Rachel,
a quem amava, somado ao fato de que não pode salvá-la da morte é muito bem
trabalhado e fica como gancho do último filme da trilogia.
Ele também não se importou em pisar
fora da lei para fazer o que é certo, o que é uma discussão bastante
interessante e sempre presente. Já Harvey Dent não teve equilíbrio mental suficiente
e desabou perante a armadilha do Coringa, cedendo à sua loucura - como seus
sinais pregressos já indicavam – e terminando sua vida como um criminoso.
Mais um filme para a conta.
Samuel Bonette
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