Retomando o tema... durante esta
semana eu falava sobre identidade. Falei um pouco sobre autoconhecimento, insegurança,
características do sexo masculino e como
tentamos aparentar ser o que não somos, dentre outras coisas.
Sobre este último, o outro lado desta
moeda é que frequentemente escondemos quem realmente somos – tanto homens
quanto mulheres – e uma das razões que penso ser causa deste comportamento é
não termos certeza de que seremos amados quando nos revelarmos por inteiro.
Talvez seja um tanto óbvio ou
talvez seja um completo mistério, mas é fato que nunca desnudamos totalmente a
nós mesmos porque não sabemos se, depois disto, seremos aceitos e amados.
Será que posso declarar com clareza
minha opinião a respeito desta pessoa? Será que eu devo falar o que penso a
respeito das suas atitudes? Será que se eu mostrar minhas fraquezas, isto se
voltará contra mim? Será que se as pessoas virem minha meia furada, vão rir de
mim? Será? Será? Será?
Temos tantas perguntas e
questionamentos internos, desde coisas mais banais e corriqueiras até perguntas
profundas e existenciais; várias destas nunca são pronunciadas e, como pergunta
de fundo, temos aquela: seremos amados mesmo depois desta pergunta?
É libertador saber que tem alguém
que sempre vai te amar, depois de qualquer pergunta. Depois de qualquer ato.
Depois do erro mais bizarro e depois do erro mais bobo. Entender e aceitar que
nada vai diminuir ou fazer acabar este amor por você é algo que te faz livre
para viver uma vida completa.
Samuel Bonette
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